O Erro de Diagnóstico e a Perda de uma Chance de Cura

O ser humano carrega consigo a característica da imperfeição, seja o enfermo que busca sanar as dores que o afligem, seja na condição do profissional da medicina que tem em seu encargo o árduo dever de lutar contra sua própria natureza imperfeita: A de oferecer uma medicina livre de falhas, ainda que esta ciência esteja condicionada à mão humana, ou, seja ainda, no papel do julgador em decidir pela solução que mais aprimore os conceitos de uma justiça livre de vícios e que vislumbre a solução que mais se aproxime da perfeição. Em tempos de tecnologia à serviço das profissões, pode-se exigir mais de uma conduta verdadeiramente capacitada, sempre primando pela vida e dignidade da pessoa humana, em respeito ao indivíduo e aos direitos fundamentais da Carta Magna. O erro de diagnóstico afana da vítima a coisa mais importante que o ser humano pode possuir, o tempo.Ponderando o justo entre médicos e pacientes, advogados e magistrados, a problemática de quantificar àquilo que não é suscetível de reversão pecuniária faz brotar sentimentos de humanidade e consciência.